O mercado financeiro é extenso e se divide em diversas vertentes, mas a que mais nos chama atenção é a de Ativos Judiciais, pois vem sendo cada vez mais notada pelos investidores brasileiros.
Sendo a que mais evoluiu no Brasil, já que, decorrente do judiciário e a sua demora, os credores buscam vender os seus créditos para poderem antecipar a quantia que iriam receber. Por conta disso, as cessões de crédito acabaram tornando-se comuns no mundo brasileiro de investimentos.
Todavia, as cessões não eram muito bem recebidas por países adeptos ao sistema Common Law, pois, a proibição deste ato era a forma que utilizavam para prevenir a corrupção por parte da elite britânica em relação aos litígios judiciais.
Este fato se opõem ao Brasil, que utiliza o sistema Civil Law, portanto o Brasil acaba trazendo mais vantagens e oportunidades para este campo do mundo dos investimentos.
Quer saber mais sobre Common Law e Civil Law? Leia sobre em: Common Law x Civil Law!
As limitações das cessões de créditos
Como havíamos dito, as cessões eram proibidas nos países que utilizam o sistema Common Law, como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá. Entretanto, esta proibição não é mais a realidade destes países, apesar de ainda ocorrerem muitas limitações nas cessões de ativos judiciais.
Um exemplo disso é a Inglaterra, pois as cessões são consideradas inválidas se acontecerem as seguintes situações:
- Forem consideradas um obstáculo à administração da justiça;
- Se não houver interesse legítimo na cobrança do crédito;
- Violar as regras de maintenance and champerty, o que significa dizer, por exemplo, que o cessionário do crédito não poderá ter lucros desproporcionais.
Com essas limitações e os custos altíssimos para litigar nos países adeptos deste sistema, a saída encontrada foi desenvolver a prática do financiamento de litígios.
Financiamento de litígios
Esta prática, criada como uma saída para o mercado financeiro, consiste em um financiador arcar com os custos do processo judicial e o pagamento do financiamento é garantido por parte do crédito objeto do litígio.
Não obstante, até mesmo esta prática é restrita. Por exemplo, em alguns estados americanos, como o de Nova Jersey, ambas as partes são obrigadas a informar se o litígio é objeto de financiamento, para poder ser averiguado se há conflito de interesses entre o cessionário e o juiz da causa.
Em outros estados, como no Kentucky, o financiamento de um litígio pode ser declarado ilegal pela Justiça local porque é considerado um incentivo ao ajuizamento de ações judiciais.
Brasil e suas oportunidades
Quando falamos em ativos judiciais, não temos dúvidas que o Brasil é vencedor em oferecer oportunidades incríveis, tais como, por exemplo:
- A lei brasileira não obtém limitações para este mercado, portanto, o credor é livre para ceder seu crédito, podendo realizar uma cessão parcial ou total, conforme a quantia combinada entre as partes;
- Existem números significativos de processos em tramitação no Brasil, os quais contém valores multimilionários e disputas complexas. Conforme o Relatório da Justiça em Número 2021, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no final de 2020 existiam 75,4 milhões de processos em tramitação;
- O retorno que o investidor tende a receber é bem significativo em comparação a outros investimentos. Isto ocorre por três motivos:
- A morosidade do nosso sistema judiciário — em alguns casos demoram mais de 20 anos para serem resolvidos com o trânsito em julgado da sentença.
- A urgência dos credores em receber o que lhe devem;
- E o mercado relativamente pequeno e desconhecido no Brasil perto do que ainda pode crescer — atualmente este mercado foca-se nas compras de precatórios, mas pouco se discute sobre financiamento de arbitragens por terceiros ou créditos decorrentes de ações contra entes privados.
- Os créditos judiciais não são transacionáveis na Bolsa de Valores, sendo assim, não sofrem as constantes desvalorizações do mercado financeiro;
- Os valores são corrigidos com base nos respectivos índices de correção monetária, portanto, não perdem valor ao longo do tempo.
Com essas oportunidades à vista, pode até parecer fácil e nada complexo investir nesses ativos, porém não é bem assim. Necessita-se de um agente especializado para te auxiliar nesta jornada no mundo dos investimentos, portanto, a Accorda está aqui para te ajudar!
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