AccordaPoupança, títulos de renda fixa e ações: eis o caminho tradicional de quem procura investimentos financeiros. Porém, os juros baixos tornam essas opções menos atrativas, já que o retorno costuma ser mínimo. É preciso diversificar a carteira com ativos alternativos, tais como o crédito trabalhista. Fique conosco para entender os detalhes.
O que são ativos alternativos?
Os investimentos alternativos são a escolha de quem deseja ganhos mais elevados. Eles não apresentam liquidez de curto prazo, ou seja, são investimentos de médio e logo prazo. Por outro, oferecem um risco baixo ao investidor – face de todos os procedimentos adotados pela empresa para certificação do crédito, e como referido, retornos expressivos.
Chamamos esses ativos de “alternativos” porque fogem ao padrão comum. Eles não estão listados na bolsa de valores ou em outro mercado de ações. Entretanto, são seguros, e quando bem trabalhados, a recompensa tende a ser alta.
São exemplo de ativos alternativos os fundos de Private Equity. Nessa modalidade, o comprador adquire participação em empresas que não aparecem na bolsa. Também podemos citar os fundos imobiliários e de infraestrutura, com ganhos moderados de capital e renda. E temos, ainda, a cessão de crédito trabalhista, modalidade de negociação com grande potencial de crescimento e desenvolvimento no Brasil, uma vez que a Justiça do Trabalho paga em média R$ 30 bilhões por ano.
Como a compra de crédito trabalhista funciona?
O crédito trabalhista corresponde aos valores a que o trabalhador faz jus em um processo judicial, decorrente de decisão proferida em uma ação. Decorrem por exemplo de férias não repassadas, adicional noturno, horas extras, enfim, de direitos vinculados ao contrato de trabalho.
Surge aí a oportunidade de investimento. Os processos na Justiça do Trabalho, em que pese todo o esforço do Judiciário e os investimentos feitos em tecnologia de ponta, são morosos. Podem demandar 5 ou até mais anos. Isso sem contar o tempo de execução – período no qual são apurados os valores efetivamente devidos, para que então ocorram os pagamentos.
Embora o reclamante tenha direito a essa quantia, ele também tem pressa, pretensões para utilização do recurso. Às vezes, seria melhor receber um valor menor, contanto que o dinheiro ingressasse na conta antes, de modo mais rápido.
A negociação do crédito trabalhista funciona justamente para atender a essa necessidade. Por exemplo, se o valor da sentença for estimado em R$ 30 mil, o investidor oferece R$ 20 mil à vista. Aceitando a proposta, o trabalhador cede a ação para a outra parte. Na prática, o comprador assume o lugar do empregado no processo trabalhista – recebendo os valores totais envolvidos na ação ao seu final.
É uma situação na qual os dois saem ganhando. O trabalhador antecipa o recebimento dos seus recursos, e o investidor tem em mãos um ativo alternativo com altas chances de retorno, num prazo semelhante ao de outros fundos.
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